Vale quer contratar 62 mil pessoas em 5 anos

quinta-feira, 20 de março de 2008

A Vale dará, no próximo sábado (22), início à primeira campanha global de recrutamento de funcionários feita por uma empresa brasileira. Serão arregimentados profissionais simultaneamente no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália e Canadá para uma previsão de 62 mil contratações em cinco anos.

A iniciativa expõe o aquecimento de mercado que levou não só a uma alta dos preços de minérios e outras commodities, como também está chegando com força ao mercado de trabalho dos setores siderúrgico, de mineração e petróleo. No Brasil, a escassa mão-de-obra qualificada é disputada de forma aberta e agressiva pelas empresas dos três setores.

Há um mês, um ônibus da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), empresa que só começa a operar no ano que vem, aporta diariamente em Volta Redonda (RJ), onde fica a sede da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). De lá, o veículo sai lotado de ex-funcionários da CSN, que viajam duas horas para Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, onde ficará a sede da futura siderúrgica.

A Vale também tem de se esforçar para manter os funcionários livres do assédio de concorrentes. Nem sempre consegue. Em Carajás, no Pará, mineradoras rivais, como BHP e Rio Tinto, ambas anglo-australianas, publicam anúncios em inglês em busca de funcionários qualificados.

"Os anúncios aparecem de todos os lados, dos Estados Unidos à Austrália", diz a diretora de planejamento de RH da Vale, Maria Gurgel. "Mas também estamos recrutando profissionais na Austrália. É o reflexo da empresa globalizada", afirma.

Toda essa procura está inflacionando salários num mercado de trabalho carente de qualificação. Um soldador, cargo de nível técnico disputado pelos três segmentos com maior demanda de mão-de-obra, tem salário inicial entre R$ 1,2 mil e R$ 2,1 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

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